Paulo Bruscky na 57ª Biennale di Venezia

Paulo Bruscky é um dos 4 artistas brasileiros entre os 120 artistas selecionados por Christine Macel para a 57ª edição da Biennale di Venezia.

Bruscky, que tem a experimentação e a liberdade de expressão como nortes da sua obra, integrou a mostra VIVA ARTE VIVA. A exposição, de acordo com a curadora Christine Macel, busca reafirmar o papel, a voz e a responsabilidade dos artistas no quadro de debates contemporâneos.

Para a Biennale, Bruscky preparou uma perfomance inédita idealizada a partir do projeto “ARTE SE EMBALA COMO SE QUER” (1973). O projeto original está documentado em um Telex enviado em 1973 para inscrição do artista no 30º Salão Paranaense. A proposta consistia em reunir as caixas de todas as obras enviadas ao salão de arte e empilhá-las em um canto de forma aleatória, propondo uma reflexão crítica sobre o esvaziamento da arte.

Em Veneza, duas gôndolas conduziram Bruscky e as caixas vazias projetadas pelo artista desde o Stazio Danieli in Riva degli Schiavoni até as imediações do Giardini. As caixas de madeira de tamanhos diversos foram recobertas por adesivos e selos que remetem àqueles usados na arte postal pelo artista nas décadas de 1970 e 1980. Ao ancorar, Bruscky foi recebido por 30 carregadores uniformizados com macacões azuis desenvolvidos especialmente para o evento. Todas as caixas foram descarregadas e transportadas em silêncio até a entrada do Giardini, onde foram empilhadas de forma displicente, e lá permanecerão até o final da mostra.

A perfomance contou com projeto de captação de recursos desenvolvido pela APC em parceria com a Galeria Nara Roesler, e teve o apoio dos colecionadores Rose e Alfredo Setubal, Sérgio Werlang, Fernanda Feitosa e Heitor Martins, e Walter Appel.

 

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