Lucia Koch é primeiro livro de caráter monográfico sobre a artista gaúcha Lucia Koch (Porto Alegre/RS), cuja produção se destaca no âmbito das artes nacional e internacionalmente. O livro é resultado de projeto realizado via Lei de Incentivo à Cultura com o apoio do Ministério da Cultura e patrocínio da Verde Asset Menagement.
Intervenções com filtros, vidros, vídeos e fotografias são algumas das mídias que a artista escolheu para investigar a luz e sua espacialidade, sempre em diálogo com a arquitetura na qual se instalam seus trabalhos e com aqueles que os experienciam. As alterações propostas por Lucia não apenas modificam a percepção do público sobre o mundo construído, mas sua compreensão sobre o espaço vivido e suas possibilidades de uso:
“Quando você instala uma alteração em um espaço, e o sujeito a percebe (…) ele começa a pensar sobre o dispositivo que produz essa alteração, que pode ser um filtro ou uma tela perfurada, e entende como o dispositivo opera. (…) Se ele especula sobre isso, ele naturalmente passa a pensar na possibilidade de uso daquele efeito em outro espaço: ‘ como isso funcionaria em outro lugar? ’E também percebe aquele espaço menos duro, com mais possibilidades latentes’” [trecho da entrevista de Lucia Koch com Jochen Volz, que integra o livro]
Desde meados dos anos 1990, a produção da artista tem sido marcada pelo interesse por intervenções em espaços domésticos e públicos, que produzem alterações na escala e dimensão do cotidiano na vida das cidades – suas obras chegaram a abranger diferentes contextos, como um banho turco na Bienal de Istambul (2003) ou uma área de venda de tecidos por atacado em Nagoya para a Trienal de Aichi (2010). Este livro apresenta pela primeira vez uma seleção de trabalhos que são emblemáticos no contexto da produção de Lucia, oferecendo ao público uma profunda análise sobre seus processos artísticos.
Justamente no sentido de destacar o recente processo de internacionalização da artista, a publicação conta com a participação de renomados expoentes da curadoria e da crítica de arte internacional para a produção dos principais textos do livro. Não por acaso, tratam-se de nomes que possuem íntima relação com a produção artística de Koch, no que se pode destacar: Dan Cameron, curador da 13ª edição da Bienal de Cuenca (Equador, 2016), da qual participou a artista, e que também atuou como Diretor Artístico da 8ª Bienal de Istambul (2003), na qual Koch apresentou a obra “Turkish Delight” (2003); e Jochen Volz, Curador da 32ª Bienal de São Paulo (Brasil, 2016), que chegou a atuar também na Trienal de Aichi, em Nagoya (Japão, 2010), ocasião em que Koch apresentou a importante obra “Wave for Choja Machi” (2010).