Antonio Manuel: I Want to Act, Not Represent! é a primeira exposição individual do artista Antonio Manuel (Portugal, 1947) nos Estados Unidos. Com curadoria de Claudia Calirman e Gabriela Rangel, a exposição aborda o papel proeminente do artista no desenvolvimento do movimento da neo-vanguarda revolucionária que surgiu no Rio de Janeiro durante a década de 1960. Durante os anos mais repressivos da ditadura militar brasileira (1968-1974), as obras de arte e ações de Antonio Manuel foram muitas vezes o centro de debates controversos sobre a censura institucional. Enquanto alguns de seus amigos mais próximos, associados ao Tropicalismo e ao meio intelectual do Rio de Janeiro, foram exilados durante o regime militar, Antonio Manuel conseguiu manter-se no Brasil. Neste período, o artista desenvolveu um trabalho experimental politicamente potente e visualmente impressionante, combinando influências dos movimentos Neoconcreto, Pop e da arte conceitual.
A exposição apresenta desenhos, filmes, instalações e esculturas, bem como a documentação relativa às performances radicais do artista. O projeto resultou também num catálogo, publicado em pareceria pela Associação para o Patronato Contemporâneo – APC e a Americas Society, que apresenta ensaios de Michael Asbury e Judith Rodenbeck, além das curadoras, e uma entrevista com o artista realizada por Beverly Adams.
Tanto a exposição quanto o catálogo foram possíveis com a colaboração de FullComex Trading, Petrobras, Ministério de Relações Exteriores, Consulado Geral do Brasil em Nova York, Credit Suisse, Itaú BBA, Tinker Foundation, Andrea e José Olympio Pereira e a bolsa adquirida por meio do National Endowment for the Arts. Também recebeu o apoio da Galeria Nara Roesler e de Arte al Día.
Veja também a publicação I WANT TO ACT, NOT REPRESENT! | ANTONIO MANUEL